AMO-TE. MESMO QUE NÃO COMPREENDAS. (SINFONIA Nº 1)
Preço_10€ (bilhetes disponíveis apenas por reserva através do e-mail reservas@casa-capitao.com)
AMO-TE. MESMO QUE NÃO COMPREENDAS de Tiago Vieira será a primeira performance criada e apresentada no âmbito do projecto “Peep show” que tem como foco principal de pesquisa a ideia de Intimidade como gesto de Resistência, um movimento que surge de presença absoluta perante o outro, um elogio ao encontro. Este espetáculo terá residência criativa e apresentações na Casa do Capitão entre Setembro e Outubro.
O Amor mais uma vez surge como gesto radical, uma decisão, uma catástrofe, mas também uma possibilidade de Ressurreição. A Intimidade como forma de Resistência, o toque como movimento transgressor, o baile, a festa, dançar como um verdadeiro acontecimento de clandestinidade. Declarações de amor, possíveis páginas de diários íntimos, discursos de insónia, diálogos de catástrofe, paisagens poéticas, lugar coreográfico do onírico e da alucinação. O encontro como desejo, o abraço como arma, a impossibilidade do toque como suspensão da liberdade. Resistir como ação coreográfica, amar como movimento filosófico, é absolutamente necessário continuar a levar flores a Rimbaud porque o Amor ainda precisa ser reinventado.
AMO-TE. MESMO QUE NÃO COMPREENDAS. (SINFONIA Nº1) é uma Sinfonia coreográfica e verbal para uma arquitetura: a casa. O lugar casa como espaço de travessia, de confronto, de movimento, de intimidade, de desejo, solidão e amor.
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Encenação, texto, espaço cénico, figurinos, coreografia: Tiago Vieira
Performers: Beatriz Godinho, Paula Moreira, Tiago Vieira, André Marques, Paula Moreira, Lewis Seivwright, Beatriz Godinho, Tiago Vieira
Organização: ORG.I.A/PI
Curadoria e Produção: Tânia M. Guerreiro
Apoio: Câmara Municipal de Lisboa – Fundo de Emergência Social – Cultura
Parceiro Institucional: República Portuguesa – Ministério da Cultura
Projecto criado no âmbito do projecto Peep Show
Foto: Alípio Padilha
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PEEP SHOW
Peep show é um projecto de apresentação de criações de dança e performance que procura estabelecer uma relação de intimidade entre artistas e público.
Peep Show é um acto político em torno da criação e restituição de relações íntimas e de proximidade. É um resgate do desejo de contacto social concretizado por via de uma imersão plena da atenção e da presença.
Peep Show convida o público a participar em encontros num espaço em que o performer se revela de uma forma mais próxima e exposta, criando as condições para a possibilidade de um estar junto mais profundo, activando lugares de intimidade, vulnerabilidade e confrontação.
Num momento em que os corpos são vistos, em grande parte, através de ecrãs de telemóveis e computadores, em que as caras estão tapadas e perdem a individualidade e a expressão, os corpos estão ainda mais separados uns dos outros. As relações tornam-se mais virtuais, mais quebradas e vai-se perdendo a empatia, a atenção e a presença. É preciso contrariar esse caminho de desumanização e proporcionar momentos e acções que nos exponham à intimidade com o outro e connosco.
Este momento de isolamento e de distância entre os corpos que estamos a experienciar, leva-nos a refletir e questionar se esta relação está presente e como podemos recuperá-la. Este projeto encontra-se nesse lugar, num tempo em que a presença física está remetida a um lugar de utopia e/ou passado. O processo que estamos a viver é um reflexo da sociedade, é um espelho do mundo. Agora é o momento para a Arte contribuir para a mudança de paradigma das relações humanas.
É essencial continuar e elevar o acto performativo ao acto de resistência, ao acto de amor e colocar o foco na essência da relação – a presença, a verdadeira e absoluta presença.
Peep Show procura novas formas relacionais do público com o acto performativo, transformando o lugar habitual do “público” em lugar “privado”, mais “íntimo”, procurando criar momentos de contacto que se concretizam na esfera privada do contexto artístico.
Este lugar único em que o público se encontra como elemento essencial do acontecimento – sem que, no entanto, se estabeleça dependência entre artistas e públicos – tem como foco a procura de objetos artísticos que contenham a força e potência de uma declaração de amor, sem dependência ou submissão do outro, apenas vivendo o encontro com a intensidade e desejo mútuo mais puro.
Organização: ORG.I.A/PI
Apoio: Câmara Municipal de Lisboa – Fundo de Emergência Social – Cultura
Parceiro Institucional: República Portuguesa – Ministério da Cultura
Site:
https://self-mistake.pt/peep-show/