Têm sido inúmeras as acções que o colectivo Estrela Decadente produz na cidade de Lisboa desde o início de 2016. Normalmente, o ponto de partida baseia-se em fazer programação como forma de estruturar pensamento. Dessas estruturas nasceram centenas de cartazes, a revista decadente (que vai no número 73), a exposição ad eternum Bienal de Arte Burra, várias outras publicações (como uma dedicada aos desenhos com pontas de cigarros do carismático Mário Mágico da Graça), das reuniões sonoras sem rede do Ensemble Decadente, de bandeiras, de pranchas de BD para variadas publicações, de impressões em camisolas, até intervenções no espaço público e no âmbito de manifestações.
Os trabalhos do colectivo têm uma proprensão para lidarem com o descontrolo porque são reativos e próximos de vivências e lutas político-sociais, e fazem disso a sua génese ética e estética.
A Estrela Decadente propõe uma retrospectiva retroescavadora que poderia parecer sarcástica… mas não, é referencial à imagem de uma máquina que é um braço de trabalho artístico, crítico e político, de rebelião, de prospecção de presente e futuro.